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sábado, 15 de setembro de 2012

Perdão


Ela me perguntou se eu poderia ajudar num problema que estava vivenciando. 
Uma tia que morava em outra cidade havia morrido inesperadamente. Estava bem de saúde, com planos em andamento e foi encontrada morta em seu apartamento. Ela se sentia muito angustiada ao me contar isso. Pediu que eu a ajudasse e se era possível fazer algo por essa tia. 

Respondi que ela poderia orar por ela e que enviasse a ela boas energias, calma e tranquilidade. Em algum momento, algo não estava se encaixando bem nisso que eu ouvia e então intuitivamente disse a ela: 

- Veja, sinto que sua tia está bem. Mas acho que quem está precisando mesmo é você.

Ela começou a chorar e me disse que se sentia muito culpada pois tinha rompido relações com essa tia há alguns anos e a morte inesperada dela tinha trazido a sensação de que algo ficou pendente e que não havia mais jeito. Estava precisando acompanhar o pai ao apartamento dela e sentia medo e apreensão. 

Eu disse a ela que essa oportunidade seria perfeita para que ela fizesse o que precisava ser feito. Disse que se ela fosse, que falasse com a tia enquanto arrumava as coisas dela, do mesmo modo que faria se ela estivesse ainda encarnada. Que pedisse perdão, que perdoasse, que falasse o que seu coração pedisse. Sua tia onde estivesse iria ouvir, certamente. Ela me agradeceu dizendo que não havia olhado essa situação como uma oportunidade. Disse se sentir muito melhor. Prometeu de dar notícias e relatar como tudo tinha acontecido.

Dias depois ela me disse que ponderou e acabou não viajando com o pai. Mas fez suas meditações e foi dormir. Não se lembrou de sonho algum mas acordou com  a nítida sensação de que o assunto com a tia estava resolvido. Estava sem a sensação de "desarranjo" no plexo solar, que a acompanhava desde que soube da morte da tia. Se sentia em paz e em harmonia. 

Há alguns dias ela me diz que sonhou com a tia e ela estava serena e sorridente. Ficaram abraçadas e ela pediu que a sobrinha lesse os livros dela em vez de doá-los. (o pai tinha deixado na casa dela os livros da tia). Havia no sonho outras pessoas falecidas da família, todas sorrindo assistindo ao abraço das duas. 

Ela me disse ter ficado tão feliz que não tinha palavras. Não sentiu mais desconforto algum e se sentiu em paz. Ainda disse ter começado a ler um dos livros da tia.

Mais uma vez podemos ter certeza de que alcançamos as pessoas com nosso pensamento e nosso coração. E que não há distância nem tempo para o perdão.

Angela Cunha




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