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terça-feira, 11 de março de 2014

AS FACES DO MEDO


Segundo o dicionário Aurélio, medo é um sentimento de viva inquietação ante a noção de perigo real ou imaginário, de ameaça. 

Mas tudo começa bem antes do nascimento. 
Vem como escolha no pacote do projeto reencarnatório.
Escolhemos quais os medos enfrentaremos ao atravessar a vida atual. 


PRIMEIRO:

O medo da INCOMPETÊNCIA.
É aquela pessoa que trabalha muito, de uma forma abnegada e permanece, modestamente, no segundo plano. 

Ela nega as próprias necessidades e dá muita importância às dos outros. 

É agradável e não cria problemas. 
Sempre admite que os outros são melhores e foge das situações em que se espera algo dela. 


Quando solicitada, comporta-se com humildade, numa atitude de submissão enraizada no medo. 

A modéstia se manifesta como perfeccionismo ou auto-humilhação. 

No fundo ela tende a negar sua força, seus talentos, sua capacidade de amar, mas também negará a sua raiva, o seu ódio por todos aqueles que são melhores, mais bonitos ou mais inteligentes do que ela. 

Este medo decorre das experiências em infância e juventude, no auge de sua afirmação pessoal, onde teve que enfrentar a rejeição dos pais e professores, deixando-a confusa entre a sua afirmação pessoal e a aprovação dos outros.

SEGUNDO:

O segundo medo é o da VIVACIDADE
Ou de perder o controle do que parece importante, necessário e imprescindível à vida. 

Como conseqüência, ela tenta destruir a realidade, eliminá-la ou apagá-la. 


Tenta não deixar a própria alegria de viver transbordar, por ser ameaçador demais. 

Foi, possivelmente, uma criança ensinada pelos pais a não esperar nada da vida e que precisa se preparar para os infortúnios que virão. 


Essa pessoa poderá virar-se contra o prazer vivido em seu próprio corpo tornando-o doente. 

Ela se auto-sabota. Medicamentos, drogas, álcool, são alguns dos métodos para impedir a vida fluir. 

Mas pode também virar esse boicote para fora, tornando-se um desmancha-prazeres, pessimista, intrigante, etc.


TERCEIRO:

O terceiro medo é o da INUTILIDADE. 

Este medo torna a pessoa um verdadeiro mártir. 
Foi, provavelmente, uma criança rejeitada e abandonada. 


Não foi suficientemente amada e por isso carrega a sensação de não ser digna de amor. 
Atribui a si mesma a culpa de todos os acontecimentos ruins. 


Ela chantageia a todos à sua volta e busca a sua satisfação pessoal no fato de não se defender. 

Busca através do martírio, gratidão, atenção, admiração e amor.


QUARTO:

O quarto é o medo da INCONSTÂNCIA. 

Traduzindo, é o medo da mudança. 
O que não se conhece muitas vezes passa a ser assustador. 
Quando a mudança torna-se inevitável, a pessoa parte para obstinação. 


Depois de tomar uma decisão há tempo necessária, o obstinado sente-se mais animado. 

E ele sofre porque parte da ideia que ele pode, sozinho, modelar a sua vida. 


Fica preso entre o desejo pelo velho e o anseio pelo novo. 
Na infância não deve ter podido demonstrar uma teimosia saudável. 

Isso impediu o desenvolvimento de sua vontade e, na fase adulta, insiste obstinadamente em fazer as coisas que quer. 


Muitas crianças são deixadas repentinamente com outras pessoas, o que faz com esse adulto reaja mal às mudanças bruscas e às situações as quais não consegue controlar. 
Isso pode fazê-lo cair numa depressão.


QUINTO:
O quinto medo é o da CARÊNCIA. 

Traz como conseqüência a ansiedade. 
É ela que faz com que a pessoa use toda a sua energia para obter o que presumidamente lhe falta conquistar.


Muitas vezes, uma criança não é alimentada devidamente o que pode levá-la a comer demais e armazenar mais do que pode digerir. 


Mas somente irá se liberar da ansiedade quando perceber do que sente falta e do que tem medo de não ter.

SEXTO:
O sexto medo é o de SOFRER ou de ser FERIDO.

E é aí que o orgulho aparece.
A pessoa acredita que só pode conquistar o amor ao se apresentar para o próximo como alguém que sabe mais, que pode mais e que tem acesso aos segredos que estão ocultos aos demais. 


Um desses segredos é ele próprio. 
A pessoa orgulhosa é, na verdade, vulnerável, sensível, e tão facilmente ofendida em sua auto-estima que acredita que só poderá sobreviver se erguer um muro de proteção da proximidade dos outros.


Foi uma criança desvalorizada e humilhada em seus esforços de agradar e ser aceita. 

Acha insuportável quando o seu valor é posto em discussão. 
Vive menosprezando a todos como forma de proteger o seu ego.

Esse orgulho pode se apresentar de duas formas: uma extremamente arrogante e crítica e a outra silenciosa com timidez e inibição, como se protegesse a sua própria grandeza do assédio dos demais.


SÉTIMO:

O sétimo é o da NEGLIGÊNCIA. 

Sua face se mostra pela impaciência. 
Ele sofre por não conseguir parar. 
Não se alegra com o que já obteve. 


É a criança que, possivelmente, teve dificuldades ao nascer e nos primeiros anos de vida, podendo ter tido risco de morte. 

É o medo da morte prematura fazendo com que o adulto esteja sempre com uma inquietação existencial.

CONCLUINDO:

Nossos medos precisam ser reconhecidos como uma planilha de tarefas a cumprir. 

Cada um deles cumpre o seu objetivo para desenvolver o nosso projeto de reencarne. 


Como esse projeto não é submetido à apreciação de ninguém, portanto, é de nossa responsabilidade.


Vamos integrar esses medos e viver com mais espontaneidade. 
Olhemos no espelho e façamos a pergunta:


“Do que tenho medo e por quê?”


A/D
Fonte: O.U.S.E

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