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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O PSICOTERAPEUTA REENCARNACIONISTA EM SEU CONSULTÓRIO



O psicoterapeuta reencarnacionista no seu consultório deve abandonar toda e qualquer demonstração de ser alguém superior às pessoas que lhe procuram, aparentar falsamente ser alguém já realizado espiritualmente, alguém sem inferioridades, alguém de sucesso. Também não deve cair num estado oposto de ser simpático demais, “humilde” demais, carinhoso demais, alguém que necessita parecer pequeno demais. No nosso consultório devemos ser o que somos na verdade: irmãos dos que chegam, iguais, nem mais e nem menos. Receber as pessoas com atenção e simplicidade, sem afetação, sem um ar religioso exagerado, sem dar a impressão que elas estão chegando a um Oráculo. Não precisa muito incenso, muitas estátuas, muitos enfeites, isso é uma das necessidades do terapeuta de mostrar para seu próprio pai ou sua própria mãe ou para algumas pessoas que não lhe aceitavam como era na sua infância, que é uma pessoa espiritualizada, que é esotérica. São necessidades infantis. Não precisa muito luxo, muito “ar de sucesso”, muita aparência de competência, como também não precisa de desleixo, qualquer jeito, “desapego” exagerado, “não ligo para coisas materiais”, pois são também necessidades infantis.

As conversas entre um psicoterapeuta reencarnacionista e as pessoas são amigáveis, despojadas, não devemos ter o pudor de dizer “Eu também sou assim...”, podemos concordar com a cabeça a uma manifestação de tristeza, mágoa ou raiva das pessoas mostrando a elas que também ainda sofremos disso. 

No nosso consultório, devemos ficar atentos a duas coisas:

1.   O que aflora de inferior dos relatos das pessoas.
2.   O que aflora de inferior das nossas intervenções e nos nossos pensamentos e sentimentos em relação a elas.

O que aflora de inferior dos seus relatos têm uma característica interessante: as pessoas sempre acreditam que tem razão. O que aflora de inferior das nossas intervenções e nos nossos pensamentos e sentimentos, nós também sempre acreditamos que temos razão.
Estamos ali, entre outras coisas, para lhes falar dos gatilhos, elas estão sendo um para nós. Estamos ali para lhes falar das armadilhas, nós estamos diretamente dentro de uma enorme, gigantesca: somos um terapeuta! E uma armadilha pior ainda, quando nos tornamos um terapeuta de sucesso.

Em um consultório de Psicoterapia Reencarnacionista existem dois terapeutas, ambos invisíveis: os Mentores. Tanto o auto-intitulado terapeuta como o chamado de “paciente” ou “cliente” são pacientes do Mundo Espiritual. Os invisíveis já chegaram onde estão, os visíveis ainda procuram o caminho para lá chegar. Os invisíveis sabem que isso só é possível pela abolição do Ego, os visíveis ainda são dominados por ele. Os Mentores olham de cima, o “terapeuta” e o “paciente” olham de baixo. Esses Seres Superiores passam o tempo todo cuidando dos seus pupilos, esses ainda nem aprenderam a cuidar de si próprios.

A primeira coisa que um psicoterapeuta reencarnacionista deve entender a seu respeito é: qual a necessidade que moveu o meu Ego para querer ser um terapeuta? O que ele busca? O que ele almeja? Evidentemente, todos nós almejamos esse lugar movido pelo amor, a vontade de ser útil e dar um sentido para a nossa vida. Mas, paralelamente a isso, e agora entramos na nebulosa área do autoconhecimento, da Reforma Íntima e da evolução espiritual, uma lista de necessidades e carências egóicas pode nos servir de pista para separar o joio do trigo:
  • Vaidade (“Eu sou terapeuta!”)
  • Autoritarismo (“Eu consigo enxergar dentro das pessoas, vejo coisas delas que elas não vêem...”)
  • Desejo de ser famoso (“Meus pacientes me adoram!”, “Minha agenda está sempre lotada!”)
  • Desejo de ganhar dinheiro (“Preciso comprar isso e mais isso e mais aquilo e mais aquilo.”)
  • Timidez (“Eu sou mediúnico, meu tratamento é mais espiritual, energético...”)
  • Culpa de vidas passadas (“Nada é mais importante do que estar sempre ajudando as pessoas.”)
  • Dificuldade de entrega (“Eu sinto que tenho uma missão e meus Mentores querem que eu me dedique a ela o tempo todo.”)
  • Baixa auto-estima (“Nós não somos nada...”)
  • Solidão (“Só me sinto bem trabalhando...”), e a lista continua. 
É muito fácil ser psicoterapeuta reencarnacionista, basta ter amor no coração, vontade de ajudar, humildade suficiente para colocar-se a serviço do Mundo Espiritual, abrir mão do comando, aprender a ouvir a Voz do Superior, mas precisamos ter o cuidado de, aliado a isso, não escondermos de nós mesmos as nossas inferioridades, não nos especializarmos em mascarar os nossos conflitos, não priorizarmos essa 2ª Missão no lugar da 1ª: a Reforma Íntima. E o nosso consultório é um lugar ideal para nos enxergarmos, em nossos pensamentos, em nossos sentimentos, em nossas atitudes, em nossas palavras, e nas características das pessoas que atraímos pela Lei da Semelhança.
Ao entrarmos no nosso consultório, devemos pensar: “Mais um dia para eu me tratar!”.

Mauro Kwitko

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Parte do texto do meu querido professor Mauro Kwitko.
Sempre grata pelos ensinamentos.

Angela Cunha

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