Pintura: Sir Edward John Poynter
Ela estava em terapia há um tempo quando começamos a trabalhar com Regressão de Memória. Ela acessava sempre cenas bem diluídas e sem muita clareza. Havia medo de ver e de saber, em minha avaliação.
Tinha um casamento onde o marido era muito descortês e indelicado, tendo acessos de raiva com frequência. Ela era delicada e se ressentia muito com isso, a ponto de se sentir vigiada e desconfortável quando ele estava em casa. Parecia que a qualquer momento ela poderia provocar suas palavras ferinas, se fizesse algo "errado". Ela era submissa economicamente, não trabalhava e ele proporcionava a ela uma vida confortável. A auto estima se achava abalada, se sentia inferior a ele. Ela sentia medo, em muitos momentos, embora ele nunca a tivesse agredido fisicamente. A agressão era de outra natureza e ela vivia se adaptando a isso tudo, sem compartilhar com ele.
Numa sessão ela acessou uma imagem que a deixou perplexa. Ela, num outro corpo, parecia morta em uma lápide. Vestia um vestido longo branco.Havia sangue em volta dela e na água onde estava deitada. Um homem a abraçava e falava com ela, como se ela pudesse ouvir. Ela relatou que ele a havia matado, quando descobriu que ela não o amava e não o queria desposar. Ela percebe na atitude dele algo de posse e demência.
Ao conversarmos para elaborar essas emoções que sentiu, ela percebe que o homem na cena era seu marido atualmente. E que percebia nele essa posse em relação a ela. Assustada, entendeu algumas dúvidas que tinha em relação as atitudes dele.
Essa cena descortinada marcou uma nova fase nos atendimentos. Até então, ela não "via" nada. A partir daí, a porta se abriu e ela poderia então ir com mais profundidade em outras histórias.
No entanto, foi tão forte a experiência, que ela resolveu interromper os atendimentos. Talvez investigar mais poderia fazê-la ter que tomar uma atitude em relação a mudar sua vida. Esse era seu maior medo. Se separar, não ter recursos na velhice, e por isso, "aguentar" todo o stress que as atitudes dele causavam parecia a ela a melhor solução.
Ou talvez o fato de ter visto o desespero do homem depois do ato cometido possa ter despertado nela compaixão e ter feito ela olhá-lo com outros olhos no presente.
O que fiz no final do trabalho foi desligá-la, com ajuda e suporte das equipes extrafísicas, desse eu do passado. Energeticamente falando, não havia mais necessidade alguma do link no presente com essa história e cena. Sei, no entanto, que muito mais ainda havia para ser trabalhado.
Como sei que tudo está certo como está, sei que ela teve o que precisava naquele momento e espero que sua vida tenha seguido em paz.
Angela Cunha
Psicóloga e terapeuta com abordagem energética e multidimensional. Canalizadora de sua própria técnica de trabalho, denominada Terapia Ascensional Integrada. Atendimentos na Taquara - RJ
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Espaço Terapias Integradas
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